DIREÇÃO:
Allen e Albert Hughes
ROTEIRO: Gary Whitta
ELENCO: Denzel Washington, Gary Oldman, Mila Kunis, Ray Stevenson, Jennifer Beals, Evan Jones, Joe Pingue, Frances de la Tour, Michael Gambon
Estados Unidos, 2010 (118 min)
“Dizem
que a guerra abriu um buraco no céu. Vieram os raios do sol e
queimaram tudo e todos. Deu sorte quem se escondeu em lugares assim,
em cavernas. Um ano depois, comecei a sair e vagar por aí. Eu não
sabia o que fazer, nem como sobreviveria. Um dia, ouvi uma voz.
Difícil explicar, mas parecia que vinha de dentro de mim. Ela me
guiou para um lugar onde achei o livro. A voz me mandou levar o livro
para oeste, disse que eu encontraria o caminho, que eu estava
protegido contra qualquer um. Sei que nunca teria conseguido sem
ajuda.”
Eli,
personagem de Denzel Washington
Se você
tivesse que imaginar como ficaria o mundo depois de uma guerra
devastadora, o que sobraria? Nesta versão dos irmãos Allen e Albert
Hughes, o que sobra é um ambiente árido, hostil, monocromático,
sem lembrança, terra de ninguém, terra sem religião. Sobram
pessoas lutando pela sobrevivência, poder e supremacia, em um lugar
agora sem lei ou dono. Sobram pessoas lutando por algo valioso que as
faça conquistar o mundo e começar tudo de novo. Para o personagem
estilo xerife de Gary Oldman, só um livro é capaz de fazer isso.
Coloca seus capangas na busca incessante por um exemplar, na certeza
de que seu conteúdo dará conta de tudo.
Quem tem o
livro é Eli, que na pele de Denzel Washington vaga em direção ao
oceano, protegendo o exemplar sagrado da mesma maneira que se sente
protegido por ele. É na segunda parte do filme que se sabe mais
sobre o livro, que já foi capaz de angariar seguidores durante
séculos e é fonte de ensinamentos que mudaram a história do mundo.
Impossível
O
Livro de Eli
não ser um filme duro, tanto no trato com o espectador, através do
cenário sombrio e da violência física e verbal entre os
personagens, como no trato com a história do mundo em si. Por isso,
por mais árido que pareça, persista – o final compensa, explica,
alimenta as tantas perguntas que surgem no decorrer do filme. Cruel
pensar também no fim do mundo espiritual e nas tantas guerras
travadas por causa da dualidade crença e poder. Será que a guerra
mencionada por Eli foi uma guerra santa que finalmente consegue
destruir o mundo física e espiritualmente? Dizer mais que isso tira
o fator surpresa e revela o desfecho. Portanto, quem viver, verá.
Alunos: Claudia, Cláudio, Cleberson, Glauber, Jordi, Luanda, Lucas, Vinicius
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